BACKUP: TIPOS

Dando sequência ao meus artigos sobre backups, resolvido abordar hoje os tipos de backup que normalmente nos deparamos ao implementar uma política de backup ou gerenciar um ambiente de backup em si, mas antes vamos falar um pouco sobre recuperação de dados e onde o backup se encaixa.

Recuperação de dados é o processo ou técnica de recuperação e tratamento dos dados contidos em mídias de armazenamento secundário danificadas, falhadas, corrompidas ou inacessíveis quando ela não pode ser acessada normalmente e o backup é apenas uma das diversas maneiras de se fazer isso.

A recuperação de dados por meio de backup se refere à área de planejamento de segurança que busca proteger sua organização dos efeitos negativos de eventos inesperados. Ela permite que uma empresa mantenha ou rapidamente retome suas funções de missão crítica após um desastre de dados sem danos significativos às operações de negócios ou às receitas. Para se preparar, as empresas e organizações criam planos de recuperação após desastres, detalhando os processos que deverão ser seguidos e as ações que deverão ser tomadas para retomar suas funções de missão crítica.

O backup de dados é um método de recuperação após desastres, o que o torna uma parte essencial de qualquer plano sensato de recuperação após desastres. O backup dos dados requer a cópia e o arquivamento de dados do computador para torná-los acessíveis em caso de corrompimento ou exclusão de dados. Nesse ponto a maneira de como se faz o backup desses dados pode varias e vamos ver agora alguns pontos:

Quais são os tipos de backups e suas aplicações?

Praticamente existem 5 tipos de backups que trabalham de forma combinada. A diferença entre esses cinco tipos está num pequeno detalhe técnico conhecido como “bit de arquivo” que indica se um arquivo foi modificado desde o último backup. O bit de arquivo é armazenado junto com o nome do arquivo, data de criação e outros informações de diretório. Toda a vez que um arquivo é modificado por um programa, o bit de arquivo é alterado para ON, ou seja, o programa de backup sabe que o arquivo foi modificado e necessita ser copiado.

A tabela abaixo exemplifica a aplicação do bit de arquivo nos 5 tipos de backup:

Agora vamos falar de maneira simples e breve de como isso ocorre:

Backup Normal, completo ou Full

Todos os arquivos na seleção de backup são copiados independentemente do Bit de Arquivo. No final, o Bit de Arquivo é “resetado”. Isso indica para os tipos de backups que avaliam esse bit (Incremental e Diferencial) que o arquivo não deve ser copiado. Isso significa se um backup normal for seguido por um backup incremental ou diferencial, nenhum arquivo será selecionado para o backup.

O esquema mais simples é programar o backup normal de forma diária para ser executado a cada noite, de forma não assistida (sem troca de mídias, exemplo uma fita LTO). Se não for possível fazer o backup desassistido por falta de capacidade da mídia, outros modelos de backup devem ser adicionados ao backup normal. Outra alternativa é retirar arquivos estáticos do ciclo de backup normal.

Backup Cópia

Similar ao backup normal, exceto que o bit não é resetado. É usado para backup ocasional ou para manter uma redundância. A cópia não é incorporada e não afeta o ciclo de backup adotado – normal, incremental ou diferencial.

backup Diário

Copia apenas os arquivos que foram alterados no dia da realização do backup. Não reseta o bit de arquivo. Essa opção apresenta o risco de não copiar novas versões de arquivos que foram finalizados após a finalização do backup. Os backups incremental e diferencial são mais confiáveis.

Tempo de retenção

Antes de abordar sobre os tipo de backup incremental e diferencial é importante termos em mente o tempo de retenção dos backups. Neste ponto estamos tratando sobre o ciclo de vida do backup. O tempo de retenção de um backup determina o período de armazenamento de dados, isso inclui as preocupações legais, de privacidade, segurança e questões econômicas. Assim, definimos por quanto tempo as cópias de dados são mantidas na estrutura definida de backup. Quando o tempo de retenção expirar, essa cópia específica dos dados não estará mais disponível. Ele é removido da mídia em que foi armazenado, com isso em mente seguimos em frente.

Backup Incremental

Esse tipo de backup foi introduzido para diminuir o tempo para fazer um backup normal/completo, ele copia apenas os arquivos que foram modificados desde o último backup seja ele completo ou incremental. São bem mais rápidos que os backups completos, já que apenas uma porção do arquivo é alterada ao longo do dia, por exemplo, se um backup completo ocupa 3 mídias, provavelmente um backup incremental ocupará apenas 1 mídia para copiar uma semana inteira!

O backup incremental reseta o bit de cada arquivo após a cópia. Logo, o arquivo será copiado outras vezes antes do backup normal. A forma mais fácil de usar o backup incremental é:

Escolha um dia na semana, por exemplo, todo domingo para fazer Backup Normal/Completo, um backup incremental ocorrerá nos outros dias (de segunda a sábado).

Outra forma seria uma retenção por número de dias, exemplo, um retenção de 15 dias, após o primeiro backup normal/completo, um backup incremental ocorrerá nos outros dias durante 14 dias, no 16º dia é feito um novo backup normal/completo substituindo o primeiro que foi realizando dando assim a sequencia de um novo siclo retenção sempre mantendo a retenção dos dados dos últimos 15 dias.

Agora atenção nesse cenário: O “backup completo consistira em todos os arquivos que foram armazenados nesse período de retenção, ou seja, do arquivo que foi gerando do inicial, o backup normal/completo e mais todas os outros “pedacinhos” que chamamos de backups incrementais.

Com funciona a restauração do backup incremental

Esse backup costuma ser bastante performático além de ocupar muito menos espaço em disco em relação ao backup completo. O único problema é que para fazer a restauração de um ambiente com esse tipo de backup implementado, você vai precisa de toda a cadeia de backup. Para isso precisamos não só do backup full, mas também todos os backups incrementais realizados até então, exemplo, tomando com base a retenção de domingo até sábado, iremos restaura o backup de um arquivo da quinta-feira, para isso preciso restaurar o backup full e depois todos os backups realizado até a quinta-feira.

backup Diferencial

Acredito que esse seja um dos tipos de backup mais utilizado em qualquer que seja a política de backup. Esse tipo de backup foi introduzido para diminuir o tempo de recuperação. É similar ao backup incremental, exceto que NÃO reseta o bit de arquivo quando os arquivos são copiados, como resultado, cada backup diferencial representa a diferença entre o último backup normal/completo com o estado atual dos dados.

Com funciona a restauração do backup diferencial

Para restauração de um backup diferencial primeiro é restaurado o backup normal/completo e depois apenas o backup diferencial mais recente, exemplo, se o backup normal/completo é feito na segunda, e os backups diferenciais nos demais dias, se a falha ocorre na sexta de manhã, então é necessário restaurar o backup normal da segunda e restaurar o backup diferencial da quinta, não será necessário restaurar os backups de terça e quarta.

Uma boa prática nessa a ser realizada no backup diferencial é fazer backups completos de tempos em tempos para diminuir a cadeia de backup. O que quero dizer com isso? Imagine o cenário aonde você realizou 20 backup diferencias depois do backup completo isso quer dizer que você já tem uma diferença de 20 execuções de backup em relação ao backup full realizado na primeira vez. Isso tende a deixar o backup diferencial bem grande em relação ao backup completo. Para diminuir essa lacuna é comum configurarmos o backup completo dentre esse meio uma vez por semana. Podemos por exemplo configurar para que todo o domingo seja feito um backup completo, sendo assim a diferença de um backup diferencial e o backup full será no máximo 7 dias.

E continuamos avançando…

Com o avanço da tecnologia sempre vamos ter novidades no que se refere a esse assunto, por exemplo, o Backup Incremental Continuo.

Esse é o tipo de backup mais recente adicionado dentre nas tecnologias de backup existente. Ele é uma melhoria do backup incremental já citado, visto que no momento em que fazemos o restore ele não necessitada da cadeia completa de backups. Nesse quesito podemos dizer que ele é muito semelhante ao backup diferencial já que para fazer a recuperação dos dados ele precisa apenas do último backup incremental e do backup completo. Entretanto é muito mais do que isso já que na hora de realizar o backup ele realiza apenas a diferença do último backup incremental. Podemos dizer hoje que esse é o backup mais performática e inteligente que temos na atualidade já que ele se mostra eficiente não só na hora de realizar o backup mas também na hora de fazer a restauração.

Gostou? Se tiverem algumas sugestões ou dicas deixem nos comentários.

Fontes: veritas, penseemti, colaborae, dbacorp, controle, RosaneOBrito MapaMentalExplicado

BACKUP: Boas Práticas!

Hoje é o meu primeiro post aonde vou falar sobre uma série de aspectos que envolvem o backup. Sendo assim nada mais justo que falar sobre as boas práticas que devemos utilizar ao implementar uma política de backup. Não vou entrar no mérito do que é backup, sendo que os leitores aqui do blog são na grande maioria profissionais na área de TI tendo assim, ou deveriam ter familiaridade com o assunto.

Faça a Política de Backup

Ao gerirmos um ambiente de backup, antes de colocarmos a mão na massa nós devemos pensar na política de backup, ou seja, em todos os aspectos que envolvam a cópia segura dos dados que vamos fazer. Porém não só isso, nós devemos elaborar a política de backup e documentar ela de uma forma que qualquer envolvido na rotina de backup possa ler e entender como é feito o backup dentro do ambiente em questão. Nesse documento deve conter o software que é utilizado para fazer o backup, os dias e hora que é feito o backup, aonde ele é armazenado, qual a retenção de dias que esse backup é guardado e por ai vai. Lembre-se, você é o sysadmin, então você é o responsável por manter os backup íntegros e funcionais durante toda a cadeia o ciclo de vida desses dados que estão sendo backupeados. Entretanto, membros tanto da sua equipe como da empresa em que você trabalha, caso elas queiram entender como funciona o backup, eles devem conseguir fazer isso lendo o documento da política de backup.

Faça Backup Local

Hoje em dia é muito comum falarmos em nuvem no momento em que estamos fazendo backup. É nos vendido a ideia de que apenas o backup em nuvem é o que importa. Sim o backup em nuvem é importante, entretanto o backup local é ainda de maior importância, visto que ele é o backup que é executado com maior eficiência e em alguns casos com maior frequência também. Fazer backup em algum provedor cloud custa não só dinheiro, mas também tempo, visto que muitas vezes estamos dependendo da latência do link de Internet entre o nosso ambiente on-premise e o ambiente de nuvem. Sendo assim, não negligencie o backup local. Concentre todas as suas forças primárias a fazer um bom backup local. Depois de concluído essa etapa basta você tentar replicar isso da mesma forma ou parecida no backup em nuvem.

Tenha um Backup off-site

Backup off-site é aquele que você tem além do seu backup local on-site e que esta dentro do sua infraestrutura local. Sim o backup em nuvem já é um backup off-site, mas além disso você pode ter outras formas de ter um backup externo do seu ambiente on-premise. Além do seu backup local e seu backup em nuvem, você pode facilmente ter um backup feito até mesmo em um HD externo que você remove do seu servidor de backup e leva consigo para sua casa todo o dia. Eu acho esse tipo de backup super válido e pouquíssimas pessoas acabam implemente essa rotina. Caso você opte em aderir essa solução lembre-se de deixar isso documentado dentro da política de backup, incluindo o técnico responsável por fazer essa tarefa de remover o HD externo e guardar consigo.

Backup em Nuvem

Antes de mais nada é preciso destacar que replicação de dados em algum drive cloud não é backup.

Utilizar ferramentas como Google Drive, One Drive e Dropbox apenas replicam os seus dados com esse provedor. Dessa forma, caso os arquivos locais do seu backup sejam deletados, corrompidos ou até mesmo criptografados com algum ransomware, é só questão de tempo para que esse arquivos sejam igualmente sincronizados.

Logo, opte por soluções que realmente garantem que seus dados são levados até a nuvem e não sejam alterados a não ser que você ou sua própria rotina de backup faça isso.

Pense na Janela de Backup

A janela de backup nada mais é que o horário que a política de backup pode ser executada. Entenda a regra de negócio da empresa aonde você esta implementando a política de backup para dai sim saber qual é o horário mais adequado para ser realizado as cargas de trabalho do backup.

É muito comum fazermos backup durante a madrugada e vamos supor que você comece a executar sua política de backup as 23:00 e as 02:00 termine de executar toda as rotinas de backup. Porém o que você faz se o servidor de arquivos que é feito backup que tinha 100GB de dados agora possui 1TB de dados? O seu backup vai demorar muito mais para ser executado e talvez ele ainda esteja executando as 08:00 que é quando costumar iniciar o horário comercial da grande maioria das empresas. É isso que você deve tentar evitar.

Execute seus backups fora do horário comercial do ambiente, isso garante que o seu backup será executado da maneira rápida possível e sem influenciar na operação do negócio.

Faça Backups Performáticos

Agora que você já sabe o horário da janela de backup planeje-se para fazer o backup mais performático possível dentro dessa janela. Pense nos itens que podem influenciar na velocidade de execução do backup, throughput de rede das interfaces dos servidores que vão ser feito os backups, velocidade dos HD’s do servidores, velocidade dos HDs aonde você vai armazenar o backup, rotinas e tarefas paralelas que possam estar sendo executadas durante a carga de trabalho do backup. Esses são alguns pontos dos quais você deve dar atenção.

De nada adianta o servidor que você esta fazendo backup ter um SSD se o destino do backup for um HD USB externo com disco rígido de 5400 rpm. Também de nada adianta o servidor possuir uma interface de rede de 1 Gbps se o destino do backup consta com interfaces fast ethernet (100Mbps). Pense no ambiente como um todo, pense na sua janela de backup e trabalhe com folgas. Sempre leve em conta que o montante de dados a serem copiados, o backup vai estar em constante crescimento.

Escolha uma boa ferramenta.

Aqui vamos falar sobre a solução de backup da Veeam, sem propagandas e já fazendo(de forma gratuita), vejo o Veeam Backup e Replicação como uma plataforma unificada de Backup e Replicação, Orquestração de DR, Mobilidade de Nuvem, Gerenciamento de Dados, Monitoramento e Análise. Uma solução que certamente atende totalmente aos ambientes de nuvem, virtuais e físicos e para saber mais acesse o site https://www.veeam.com/br.

A regra 3-2-1-1-0

Por mais que possa parecer estranho, essa regra foi idealizada por um fotógrafo, chamado Peter Krogh. Ele dizia que “Existem duas pessoas no mundo: as que já tiveram uma falha no HD e as que ainda terão”. Ou seja, para ele era claro e inevitável o erro ou ataque no sistema. Por isso, a importância de realizar cópias de segurança.

Mas, a ideia da regra 3-2-1-1-0 foi desenvolvida na época em que não existiam nuvens de armazenamento e o perigo dos ransomwares. Por isso, com o passar do tempo, o Veeam quis evoluir o sistema para atender todas as demandas dos seus clientes. Atualmente, é uma das mais importantes soluções de backup do mercado. E foi ele o responsável por desenvolver a estratégia 3-2-1-1-0 que conhecemos atualmente.

Essa regra possui o conceito em números, pois eles representam a quantidade de backups que devemos ter, as mídias que devemos armazenar e os locais onde serão guardados. Ou seja, o 3-2-1-1-0 do Veeam Backup implementa:

  • 3 cópias dos seus dados para backup, no mínimo;
  • 2 tipos de mídia diferentes que servirão de armazenamento;
  • 1 das cópias fora do seu ambiente de trabalho, em um offsite;
  • 0 falhas asseguradas, comprovadas através da realização de testes periódicos.

Por que é necessário ter pelo menos 3 cópias dos seus dados?

As 3 cópias dos seus dados são extremamente importantes para evitar riscos. Assim, é possível diminuir muito as chances de perder todos os seus dados com algum arquivo corrompido ou ataque cibernético. Por isso, é recomendado ter, no mínimo, o backup original e mais dois duplicados no seu ambiente produtivo.

Dessa forma, se algo acontecer algo com o arquivo ou nuvem que armazena os dados, você ainda terá mais dois materiais seguros guardando as informações. Além disso, as chances de que todas as suas cópias sejam perdidas é muito menor.

Isso porque, se a probabilidade de falha do backup for de 1%, por exemplo, ao ter 3 cópias, a probabilidade diminui para 0,000001%. Ou seja, você quase zera os riscos de erros acontecerem com seus dados.

Então, é importante contar com um sistema que você sabe que seguirá essa recomendação, evitando assim que você perca de vez todos os seus backups.

Por que precisamos armazenar os backups em 2 tipos de mídias diferentes?

Agora que você já possui 3 cópias dos seus dados, é preciso que você as guarde em mídias distintas. Dessa forma, você consegue ter a segurança de que, se algo acontecer com o dispositivo ou storage de armazenamento, ainda terá os seus dados guardados.

Lembre-se que cada mídia possui seus próprios riscos, então o ideal é colocar os seus dados em mídias diferentes. Por isso, busque implementar a armazenação das suas informações em storages de mídias removíveis ou em discos internos de diferentes locais.

Você pode utilizar discos externos, dispositivos USB, cartões SD, para salvar as cópias, e guardar seu backup original em um disco interno, por exemplo. Dessa maneira, é possível assegurar uma maior proteção de todas as informações importantes para sua empresa.

Por que precisamos manter 1 cópia de backup fora do site?

Neste momento, você está com 3 cópias dos seus dados, localizadas em 2 mídias diferentes. Agora, é preciso ter um desses backups fora do seu site. Ou seja, ter essa cópia literalmente longe do seu escritório.

Essa prática serve para evitar perda da sua mídia externa em casos de incêndios, por exemplo. Isso também serve para os discos internos, que podem dar problema se estiverem todos no mesmo dispositivo presente no ambiente de trabalho.

E como funciona a regra 0?

Por último, ao implementar as regras anteriores, você terá o resultado de zero erros. Mas ele é confirmado regularmente através de testes periódicos. Dessa maneira, é feita a validação da autenticidade e segurança dos processos de verificação automática, ou seja, a recuperação de cada backup será 100% analisado e protegido. E, caso os testes demonstrem alguma irregularidade, será possível saber onde e como resolver o problema. Essa é, sem dúvida, a maneira mais eficaz, organizada e segura de armazenar seus dados e a função SureBackup do Veeam é uma verdadeira mão na roda para isso! Mais a frente farei um post detalhando a funcionalidade e a implantação.

Gostou? Se tiverem algumas sugestões ou dicas deixem nos comentários.

Fontes: veeam, penseemti, penso, bravotecnologia, vidadesuporte

WINDOWS: COMO MIGRAR O SERVIDOR DHCP PARA OUTRO HOST DO WINDOWS SERVER

Este artigo descreve como migrar um servidor DHCP configurado de um host do Windows Server para outro, mantendo todas as configurações de escopo do DHCP. Você pode usar este guia para migrar configurações de DHCP, zonas e reservas de DHCP de uma versão anterior do Windows Server para uma versão mais recente (por exemplo, do Windows Server 2012/R2 para o Windows Server 2022) ou para mover uma função DHCP para um novo host no domínio do Active Directory.

O que favamos ver:

  1. Preparar novo host do Windows Server para função DHCP
  2. Transferindo a função do servidor DHCP para outro host do Windows Server
  3. Como migrar a função DHCP usando backup e restauração
  4. Migrar servidor DHCP do Windows Server 2003
  5. Etapas pós-migração do servidor DHCP

1. Preparar novo host do Windows Server para função DHCP

Prepare um novo host para o qual você migrará o servidor DHCP. Instale a versão do Windows Server necessária (2022, 2019 ou 2016), defina um nome de host e endereço IP exclusivos e conecte o computador ao domínio do Active Directory.

Instale o host do servidor DHCP no novo servidor usando o console do Gerenciador do Servidor (Manage > Add Roles and Features > DHCP Server) ou via PowerShell:

Add-WindowsFeature -IncludeManagementTools DHCP

Em seguida, execute o seguinte comando, que criará dois grupos de segurança locais que serão usados ​​para gerenciar o servidor DHCP:

Add-DhcpServerSecurityGroup
  • DHCP Administrator — são usuários com permissões totais no servidor DHCP (eles podem alterar qualquer configuração), mas sem permissões de administrador local no Windows Server;
  • DHCP Users  — usuários com direitos para visualizar as configurações e estatísticas do servidor DHCP (incluindo as informações de concessões de DHCP).

Reinicie o serviço do servidor DHCP:

Restart-Service DHCPServer

Em seguida, autorize o novo servidor DHCP no domínio do Active Directory. Execute o comando a seguir como a conta de administrador de domínio que é membro do grupo Enterprise Admins .

Para autorizar o novo servidor DHCP no domínio do Active Directory:

Add-DhcpServerInDC -DnsName host1.contoso.com -IPAddress 192.168.10.35

Substitua os valores DnsName(host1.contoso.com) e IPAddress(192.168.10.35) pelos seus próprios.

Você pode iniciar um servidor DHCP sem autorização no AD se não tiver direitos de administrador corporativo. Crie o seguinte parâmetro de registro:

Set-ItemProperty -Path "HKLM:\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\DHCPServer\Parameters" -Name DisableRogueDetection -Value 1 -Force

Para evitar que o alerta ‘ Configuração necessária para servidor DHCP no host’ seja exibido no console do Gerenciador do Servidor, defina a chave do registro para assumir que a configuração do DHCP está concluída:

Set-ItemProperty –Path registry::HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\ServerManager\Roles\12 –Name ConfigurationState –Value 2

Em seguida, reinicie o serviço DHCP:

Restart-Service -Name DHCPServer -Force

Altere temporariamente a Lease duration (opção de escopo DHCP) no servidor de origem para 2 horas. Isto permitirá que seu cliente obtenha endereços IP do novo servidor DHCP mais rapidamente.

2. Transferindo a função do servidor DHCP para outro host do Windows Server

A maneira mais fácil de transferir as configurações do servidor DHCP para um novo host em versões modernas do Windows Server (2022/2019/2016/2012/R2) é usar os cmdlets do PowerShell Export-DhcpServer e Import-DhcpServer.

Esses comandos permitem conectar-se a um servidor DHCP remoto pela rede, exportar suas configurações e importá-las para um novo servidor.

Crie a pasta C:\DHCP na nova máquina do servidor DHCP. Abra o console do PowerShell em uma conta que seja membro do grupo Administradores DHCP e exporte a configuração do antigo servidor DHCP para o arquivo XML:

Export-DhcpServer -ComputerName "oldDhcp.contoso.com" -Leases -File "C:\DHCP\OldDHCPConf.xml" –Verbose

Em seguida, importe o arquivo de configuração DHCP resultante para o seu novo servidor:

Import-DhcpServer -Leases –File "C:\DHCP\OldDHCPConf.xml" -BackupPath "C:\DHCP\Backup" –Verbose

Execute o console DHCP e verifique se todos os escopos DHCP, reservas e concessões de IP estão em vigor.

Assim que a migração do servidor DHCP for concluída, não se esqueça de reconfigurar os agentes DHCP Relay (IP Helper) nos dispositivos de rede de roteamento. Os reconfigure para apontar para o endereço IP do novo servidor DHCP.

Reinicie várias estações de trabalho para testar e confirmar se elas estão recebendo concessões de DHCP do novo servidor (verifique as informações de concessão do seu escopo DHCP).

3. Como migrar a função DHCP usando backup e restauração

No Windows Server 2016 e mais recente, você pode migrar as configurações do servidor DHCP usando as opções Backup e Restauração na GUI do console de gerenciamento DHCP.

1.Abra o console dhcpmgmt.msc;

2. Clique com o botão direito no servidor DHCP e selecione Backup;

3. Especifique o diretório para salvar a cópia de backup das configurações do servidor DHCP.

Você pode usar esta cópia de backup para restaurar as configurações do servidor DHCP no host atual ou em outro host do Windows Server. No entanto, se você simplesmente copiar os arquivos de backup DHCP para um novo servidor e tentar restaurar a configuração usando a opção Restaurar no console DHCP, ocorrerá um erro ao importar o banco de dados DHCP:

O banco de dados não foi restaurado corretamente. Nenhuma alteração foi feita. Para obter mais informações, consulte Visualizador de eventos no servidor especificado.

Para migrar com êxito a configuração do servidor DHCP para um novo dispositivo, copie o backup do DHCP para o diretório %SystemRoot%\System32\DHCP\backup em uma nova máquina. Em seguida, clique na opção Restaurar no console DHCP e selecione restaurar a configuração desta pasta.

Se tudo deu certo, a seguinte mensagem deverá aparecer:

O banco de dados foi restaurado com sucesso.

Observe que, por padrão, o Windows faz backup da configuração DHCP e aluga a cada 60 minutos para o diretório %SystemRoot%\System32\DHCP\backup.

O diretório de backup é configurado nas configurações do servidor DHCP.

Você pode listar as configurações atuais de backup do DHCP usando o comando do PowerShell:

Get-DhcpServerDatabase

Se o host DHCP do Windows Server falhar, você poderá copiar manualmente os arquivos do banco de dados DHCP do diretório de backup no disco do servidor com falha e restaurar sua configuração para o novo servidor.

4. Migrar servidor DHCP do Windows Server 2003

Se você estiver usando um servidor DHCP herdado no Windows Server 2003/R2, será necessário usar um método de migração diferente. Isso ocorre porque o Windows Server 2003 não oferece suporte aos cmdlets do PowerShell para exportar configurações de DHCP disponíveis em versões mais recentes do Windows Server.

Para exportar a configuração do servidor DHCP para um arquivo binário no Windows Server 2003, use o seguinte comando:

netsh dhcp server export C:\ps\dhcp2003_config.dat all

Você pode importar a configuração DHCP em um novo host usando o comando:

netsh dhcp server import \winsrv2003dhcp\c$\ps\dhcp2003_config.dat all

5. Etapas pós-migração do servidor DHCP

Altere as configurações de duração da concessão no novo servidor se você as tiver alterado anteriormente. A duração padrão da concessão para o escopo DHCP no Windows Server é de 8 dias.

Agora você precisa desabilitar o serviço DHCP no servidor antigo:

Stop-Service DHCPserver
Set-Service -Name DHCPServer -StartupType "Disabled"

E desautorize o antigo servidor DHCP do Active Directory no console DHCP (clique com o botão direito no nome do servidor DHCP > Unauthorize)

Ou use o comando do PowerShell:

Remove-DhcpServerInDC -DnsName "oldDhcp.contoso.com” -IPAddress 192.168.10.36


Em seguida, desinstale a função de servidor DHCP:

Uninstall-windowsfeature dhcp -remove
Uninstall-WindowsFeature RSAT-DHCP

Reinicie o servidor:

Restart-Computer -Force

Gostou? Se tiverem algumas sugestões ou dicas deixem nos comentários.

Fonte: theitbros